Crimes Eleitorais

Operação eleitoral flagra crimes e prende 42 eleitores no segundo turno

Forças de segurança prenderam 42 eleitores, com flagrantes em São Paulo e Manaus

Propaganda irregular e boca de urna são os delitos mais recorrentes nas eleições municipais - Imagem: Reprodução / Rovena Rosa / Agência Brasil

Sabrina Oliveira Publicado em 28/10/2024, às 08h43

O segundo turno das eleições municipais, que ocorreu neste domingo (28), foi marcado por 102 crimes eleitorais registrados em várias regiões do país, incluindo casos de boca de urna, compra de votos e propaganda irregular. Os dados foram divulgados pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que acompanhou a votação e coordenou as ações de fiscalização.

Dentre as ocorrências mais frequentes, 34 casos envolveram boca de urna, uma prática proibida que consiste em convencer eleitores próximos aos locais de votação. Seis desses registros aconteceram na cidade de São Paulo, e outros cinco foram identificados em Fortaleza. A propaganda eleitoral irregular também apareceu com destaque, totalizando 19 infrações, sendo três delas na cidade de Paulista, em Pernambuco.

A compra de votos, um dos crimes mais graves, foi registrada em 14 ocasiões. Manaus liderou com cinco ocorrências. As irregularidades resultaram na prisão de 42 pessoas, com oito delas detidas em flagrante. Além disso, a operação policial também apreendeu mais de R$ 12 mil em dinheiro, possivelmente usado para influenciar eleitores, e recolheu 4.464 materiais de campanha distribuídos ilegalmente.

Em São Paulo, além das prisões, duas armas de fogo foram encontradas próximas aos locais de votação. Os responsáveis foram autuados por porte ilegal de armas, aumentando a preocupação das autoridades sobre a segurança durante o pleito. Felizmente, não houve registro de prisão de candidatos.

O Ministério da Justiça mobilizou um grande aparato de segurança nos 51 municípios onde ocorreram as votações de segundo turno. No total, foram empregados 45.967 profissionais, além do uso de 6.507 viaturas, 26 embarcações e 13 aeronaves para garantir a tranquilidade e o cumprimento das regras eleitorais. Mesmo com o reforço, as forças de segurança tiveram que lidar com diversos desafios durante a supervisão do processo eleitoral.

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