A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (17) a Operação Enterro dos Ossos, contra evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento
Redação Publicado em 17/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h14
A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (17) a Operação Enterro dos Ossos, contra evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento da Operação Patrón, de novembro de 2019, e da Operação Câmbio Desligo, de maio de 2018 — ambas no âmbito da Lava Jato (relembre abaixo).
Agentes saíram para cumprir 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do RJ, em residências e empresas localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Uma equipe da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor/PF) foi para um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
O objetivo nesta terça é aprofundar as investigações acerca de pessoas físicas que mantém ou mantiveram bens e recursos no exterior não declarados às autoridades brasileiras, além de praticar operações suspeitas de “dólar-cabo”.
“‘Enterro dos ossos’ é uma expressão utilizada no Brasil sobre o costume de as famílias voltarem a reunir-se no dia seguinte da ceia do Natal para continuar a refeição da noite anterior”, explicou a PF.
Deflagrada em novembro de 2019, a Operação Patrón foi um desdobramento da Câmbio, Desligo, ação anterior da Lava Jato no Rio de Janeiro. Entre os alvos estavam o doleiro Dario Messer e o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes.
Havia a suspeita de que Cartes ajudou Messer a fugir.
Em espanhol, a palavra patrón significa patrão, e segundo a PF era o ermo reverencial com que Messer se referia a Horacio Cartes. Segundo a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Cartes é amigo da família Messer há décadas.
Desta vez, a ação teve como alvos pessoas que supostamente ajudaram Dario Messe a fugir da Justiça ou a ocultar seu patrimônio.
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G1