COVARDIA

Fisioterapeuta faz atrocidade com publicitária que estava em recuperação da coluna

Nicanor dos Santos Modesto Junior, de 46 anos, é condenado a 12 anos de prisão por estupro em UTI de SP

- Imagem: Reprodução | LinkedIn

Marina Roveda Publicado em 31/08/2023, às 08h07

A Justiça condenou o fisioterapeuta Nicanor dos Santos Modesto Junior, de 46 anos, a uma pena de 12 anos, 5 meses e dez dias de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável contra uma publicitária de 29 anos. O crime ocorreu dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital na Zona Sul de São Paulo. O julgamento ocorreu em junho deste ano, e a sentença foi proferida nesta quarta-feira (30) pela juíza Renata Mahalem Da Silva. O réu já estava detido e permanecerá preso. Além da pena de prisão, ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 10 mil à vítima por danos morais.

O crime teria acontecido em janeiro de 2023 no Hospital São Luiz, no Jabaquara. A paciente, que se recuperava de uma cirurgia na coluna, acusou o fisioterapeuta de tirar o avental dela, deixando-a nua, e inserir os dedos em sua vagina. Após o incidente, a paciente denunciou o profissional, que chegou a fugir, mas acabou sendo procurado e preso em maio deste ano pela polícia em Minas Gerais.

O fisioterapeuta negou as acusações durante seu interrogatório, mas a juíza Renata Mahalem Da Silva fundamentou sua decisão na palavra da vítima, que prestou seu depoimento com riqueza de detalhes e sem contradições, assim como em testemunhas e provas técnicas. A sentença destaca a importância de acreditar na palavra da vítima em casos de crimes sexuais, especialmente quando as vítimas estão em situação de vulnerabilidade física.

Nicanor também é suspeito de ter abusado de uma mulher grávida em uma maternidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, em 2021. A vítima, na época com 19 anos, estava em um leito isolado com suspeita de Covid-19. Nicanor é réu neste processo por violação sexual mediante fraude, e o julgamento ainda não foi marcado.

Além disso, em 2014, o fisioterapeuta foi acusado de tentar matar uma mulher que o havia denunciado à polícia argentina por abuso sexual de sua filha de 10 anos em Buenos Aires. No entanto, não há informações sobre o desfecho desse caso.

Em 2007, ele também foi acusado por uma mulher de ter beijado na boca sua filha de 7 anos em Salvador, na Bahia. Nicanor se tornou réu neste caso, mas o processo foi arquivado no mesmo ano.

A advogada da vítima elogiou a decisão da justiça, afirmando que ela reforça a importância de acreditar nas vítimas de violência sexual e que vale a pena lutar pela proteção das mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade, especialmente quando os agressores são profissionais de saúde que deveriam cuidar de seus pacientes.

FISIOTERAPEUTA NICANOR DOS SANTOS MODESTO JUNIOR

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