Últimos técnicos estrangeiros do São Paulo duraram menos de 50 jogos; Crespo é o sexto argentino

O argentino Hernán Crespo, contratado nesta semana para assumir o cargo de treinador do São Paulo, será o quarto estrangeiro a comandar o time nos últimos dez

São Paulo -

Redação Publicado em 14/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h11

Clube impulsionou Osorio e Bauza para seleções latinas; só Aguirre deixou o Morumbi demitido

O argentino Hernán Crespo, contratado nesta semana para assumir o cargo de treinador do São Paulo, será o quarto estrangeiro a comandar o time nos últimos dez anos.

O ex-atacante desembarca no Brasil com uma comissão técnica de cinco pessoas e com um contrato de dois anos. As últimas experiências mostram carreiras curtas de estrangeiros no Morumbi.

Ao contrário do que se tornou rotina no clube, porém, dos três gringos que antecederam Crespo, dois deles deixaram o São Paulo por conta própria, ambos para assumirem seleções: o colombiano Juan Carlos Osorio foi para o México em 2015, e, no ano seguinte, Edgardo Bauza foi convidado para comandar a Argentina; só o uruguaio Diego Aguirre foi demitido.

Osorio foi quem passou menos tempo no Morumbi, com 26 jogos. Ele topou convite do México com o sonho de comandar a seleção na Copa de 2018 – a equipe foi eliminada pelo Brasil nas oitavas de final do torneio na Rússia.

O colombiano, porém, esteve no São Paulo durante o auge da crise política que resultou na renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar – com quem Osorio teve atritos –, o que teve peso em sua decisão à época.

O estrangeiro que durou mais tempo no cargo de treinador do São Paulo na última década foi o também argentino Edgardo Bauza, que levou o time às semifinais da Libertadores de 2016. A passagem, porém, teve desempenho com mais derrotas do que vitórias: em 48 jogos, foram 17 vitórias e 18 derrotas.

Bauza foi convidado para assumir o lugar de Tata Martino na seleção argentina, mas durou pouco, menos de um ano, e foi substituído por Jorge Sampaoli.

Hernán Crespo assina contrato com o São Paulo — Foto: Divulgação/São Paulo

Curiosamente, o único dos estrangeiros que foi demitido foi Diego Aguirre, justamente o que teve melhor aproveitamento nos últimos dez anos.

O uruguaio, que liderou o Brasileiro em 2018, deixou o clube perto do fim daquele campeonato, após 43 jogos: 19 vitórias, 15 empates e nove derrotas, 55,8% de aproveitamento. A saída de Aguirre foi admitida como um erro pelo então executivo de futebol do São Paulo, Raí, anos depois.

Entre 2010 e 2020, apenas três treinadores tiveram mais de 50 jogos pelo São Paulo: Muricy Ramalho, 109 partidas entre 2013 e 2015, Ney Franco, 79 jogos entre 2012 e 2013, e Fernando Diniz, com 74 jogos entre 2019 e 2021. Franco esteve no banco no único título vencido pelo São Paulo no período, a Copa Sul-Americana de 2012.

Crespo será o sexto argentino a comandar o São Paulo na história – o país vizinho é o que mais forneceu treinadores ao clube, fora o Brasil. Bauza, Jim Lopes, José Poy, Renganeschi e Tito Rodrigues vieram antes.

Poy é o terceiro na lista de técnicos com mais jogos na história do São Paulo, com 422 partidas, sendo 213 vitórias. Ele foi campeão paulista em 1975.

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Fonte: G1 – Globo.

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