Um empate hoje entre Santos e Corinthians, na Vila Belmiro, não ajuda ninguém na briga por uma vaga na Libertadores de 2021. Mas um 2 a 2, no Pacaembu, com
Redação Publicado em 17/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h40
Um empate hoje entre Santos e Corinthians, na Vila Belmiro, não ajuda ninguém na briga por uma vaga na Libertadores de 2021. Mas um 2 a 2, no Pacaembu, com dois gols meus, foi muito importante para minha carreira em 1985.
Naquele ano, o Corinthians contratou diversos grandes jogadores e fez um timaço, com Paulo César Capeta, Dunga, Hugo De León e Serginho Chulapa. Mas não deu liga. Fomos eliminados do Brasileirão e nem chegamos às finais do Paulistão.
Até os treinos eram insuportáveis. Nos físicos, um grupo corria lá na frente e o outro ficava atrás. Os coletivos pareciam jogos, com carrinhos muito acima do tom normal. Vi muitas divididas pesadas entre Wladimir e Dunga.
Você quer saber de qual lado eu estava, né? Eu fazia parte do grupo que queria o bem do Corinthians e do time, o que não era o caso de todos naquele ano.
Casagrande, do Corinthians, contra o Santos em 1985 — Foto: DOMICIO PINHEIRO / Estadão Conteúdo
A relação era tão difícil que Serginho Chulapa, vendo aquele ambiente, perdeu a vontade de ficar no clube e voltou para o Santos em 86. E olha que fizemos gols em vários jogos, os dois centroavantes.
Dei graças a Deus quando fui convocado para a Seleção e fiquei dois meses fora. Quando voltei, a situação estava ainda pior. Foi ficando insuportável.
Apesar de todo aquele clima ruim no clube, a temporada foi marcante na minha carreira. Continuei sendo convocado, tive ótimo desempenho nas eliminatórias e fui para a Copa do Mundo de 1986. Aquele 2 a 2 contra o Santos me ajudou muito.
.
.
.
Fonte: GE – Globo Esporte.