Já faz mais de um ano desde que Andrés Sanchez, então presidente do Corinthians, voltou de Portugal com um acordo alinhado pela transferência de Pedrinho ao
Redação Publicado em 10/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h14
Já faz mais de um ano desde que Andrés Sanchez, então presidente do Corinthians, voltou de Portugal com um acordo alinhado pela transferência de Pedrinho ao Benfica. A negociação foi festejada como a maior venda da história do Timão, mas até agora o clube luta para conseguir receber o dinheiro.
Fechada por 20 milhões de euros, a operação foi reduzida meses depois para 18 milhões de euros por conta da desistência do Corinthians de comprar o atacante Yony González. No novo acordo também ficou definido que o Benfica só faria o primeiro pagamento pela compra de Pedrinho em agosto de 2021.
Porém, o Corinthians confiava que conseguiria rapidamente antecipar o valor total da transferência junto a bancos ou fundos de investimentos estrangeiros. No entanto, até o momento o clube só conseguiu embolsar 4 milhões de euros (R$ 26 milhões na cotação da época), o que representa apenas 22% do total da operação.
Neste período, a diretoria alvinegra conduziu diversas tratativas e acumulou frustrações (entenda o motivo abaixo). Agora, o clima novamente é de otimismo. O Corinthians tem negociação avançada com um fundo e espera receber ainda neste mês os 14 milhões de euros restantes, o que representa R$ 91,9 milhões na cotação atual.
Para antecipar este valor, o Timão deve pagar uma taxa de juros que gira entre 7% e 8% ao ano, percentual considerado muito bom pela diretoria do clube.
Para efeito de comparação, no último balanço financeiro do Corinthians constavam empréstimos contraídos a taxas bem maiores, de até 1,94% ao mês.
Vale ressaltar que o Corinthians não ficará com o valor total da transação. O empresário Will Dantas tem direito a 30%, o equivalente a 5,4 milhões de euros (R$ 35,4 milhões na cotação atual). Ele fez um acordo com o Timão para começar a receber apenas no segundo semestre.
Enfrentando dificuldades financeiras, o Timão não planeja grandes investimentos com o dinheiro da venda de Pedrinho. Quando recebidos, os recursos serão utilizados para quitar pendências com o elenco, pagar impostos e fornecedores.
O Corinthians anunciou o novo acordo com o Benfica em agosto e imediatamente começou a negociar com fundos estrangeiros a antecipação dos 18 milhões de euros.
No primeiro momento, a relação estremecida com o clube português prejudicou o Timão, que demorou até conseguir a assinatura de uma nota promissória como garantia do negócio.
Depois, um fundo com o qual o Corinthians tinha negociação avançada desistiu de fechar a operação, alegando restrições ao Benfica.
Ainda no fim de 2020, o clube conseguiu antecipar 4 milhões de euros, o que deu um respiro para a diretoria seguir negociando a antecipação do valor restante com melhores taxas de juros.
Ainda no ano passado, o Corinthians abriu negociações com outra instituição financeira, mas as conversas se arrastaram por muito tempo. O clube recebeu minutas de contrato com erros e condições que não estavam acordadas previamente. A diretoria alvinegra se sentiu “enrolada” e desistiu da operação.
Agora, o Timão tem negociação avançada com um fundo com o qual já trabalhou no passado, para antecipar valores referentes à venda de Maycon ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
Se obtiver êxito, o Corinthians não pretende anunciar o recebimento dos valores. A ideia é evitar que credores do clube, cientes da entrada de recursos, tentem penhorar as contas alvinegras.
.
.
.
Fonte: GE – Globo Esporte.