DÓLAR

Entenda por que o dólar de turismo é mais caro que o comercial

A diferença entre o dólar comercial e o de turismo está nos custos administrativos; entenda

Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 29/07/2024, às 12h41

Ao planejar uma viagem internacional, muitos se deparam com a diferença entre o valor do dólar anunciado nos noticiários e o preço praticado pelas casas de câmbio. Essa variação se deve à existência de dois tipos de dólar: o comercial e o de turismo. Embora ambos sejam baseados na mesma moeda, suas aplicações e valores divergem significativamente.

O dólar comercial é utilizado em transações entre empresas para importação e exportação, sem considerar a inflação. Seu valor é influenciado pela demanda de empresas e bancos e é negociado conforme o calendário norte-americano. Isso significa que ele não opera fora do horário comercial ou em feriados dos EUA.

Por outro lado, o dólar turismo, usado por viajantes, é sempre mais caro. Esse preço mais elevado é resultado dos custos administrativos das casas de câmbio, como aluguel, funcionários e carro-forte, além do Imposto sobre Operações Financeiras (). Cada casa de câmbio ou banco pode definir seu preço, variando conforme a demanda e os serviços oferecidos, como a entrega domiciliar do dinheiro.

Para adquirir o dólar turismo, é necessário apresentar um documento e fornecer o CPF, com a compra sendo informada à Receita Federal. Além disso, cada estabelecimento pode impor um limite máximo para a venda da moeda, devido à sua natureza física.

Além da compra de notas, os viajantes podem usar cartões de crédito e débito no exterior. No caso dos cartões de crédito, o valor das compras é convertido para reais no dia do vencimento da fatura, com a taxa de câmbio variando conforme a política do banco emissor. Já os cartões de débito permitem saques e pagamentos diretamente na moeda local, embora existam taxas associadas a essas operações.

Outra opção é o cartão pré-pago, que funciona como um cartão de débito internacional. O viajante deposita um valor em reais que é convertido para dólares no momento do depósito. Essa modalidade exige a abertura de uma conta no banco e permite compras e saques no exterior, com taxas que variam conforme a instituição.

As contas globais são outra alternativa, permitindo a criação de uma carteira digital para múltiplos países. Com elas, o cliente pode recarregar e converter moedas via aplicativo, realizar saques e solicitar um cartão físico para compras. Essa modalidade evita os encargos tributários dos cartões de crédito e pré-pagos, oferecendo maior conveniência para os viajantes.

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