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Amazônia bate novo recorde nos alertas de desmatamento em junho

A Amazônia registrou 1.034,4 km² de área sob alerta de desmatamento em junho, recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015. No acumulado

Amazônia bate novo recorde nos alertas de desmatamento em junho
Amazônia bate novo recorde nos alertas de desmatamento em junho

Redação Publicado em 10/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h46


A um mês do fim deste período, registros já são 64% maiores. Governo enfrenta pressão de investidores para reduzir devastação da floresta.

A Amazônia registrou 1.034,4 km² de área sob alerta de desmatamento em junho, recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015. No acumulado do semestre, os alertas indicam devastação em 3.069,57 km² da Amazônia, aumento de 25% em comparação ao primeiro semestre de 2019.

Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados nesta sexta-feira (10).

Os alertas até junho de 2020 apontam:

  • sinais de devastação em 3.069,57 km² da Amazônia neste ano
  • aumento de 25% de janeiro a junho, comparado ao mesmo período do ano anterior
  • aumento de 64% no acumulado dos últimos 11 meses, comparado ao período anterior (a um mês do fechamento oficial de desmatamento, alertas apontam tendência de aumento na devastação)
  • O número de junho é10,6% maiordo que o registrado no mesmo mês em 2019
  • Na comparação com maio, houve aumento de 24,31% em relação ao mesmo mês de 2019, que também havia sido recorde para o período.

Os dados servem de indicação às equipes de fiscalização sobre onde pode estar havendo crime ambiental. Os números não representam a taxa oficial de desmatamento, que é medida por outro sistema, divulgado uma vez ao ano.

O Brasil enfrenta pressão de investidores estrangeiros para diminuir o desmatamento na Amazônia. O Ministério Público Federal (MPF) está pedindo o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por crime de improbidade administrativa. De acordo com o MPF, há “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”. Nesta quinta-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão disse para investidores que o Brasil busca reduzir o desmatamento, mas os dados mostram aumento na tendência de desmate.

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