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ALIADO – Perito aliado de Bolsonaro não avalia tecnicamente áudios

Famoso nos casos “PC Farias” e Isabela Nardoni, Sanguientti não quis opinar sobre o fato de Bolsonaro ter recolhido áudios do Vivendas da Barra.

ALIADO – Perito aliado de Bolsonaro não avalia tecnicamente áudios
ALIADO – Perito aliado de Bolsonaro não avalia tecnicamente áudios

Redação Publicado em 04/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 09h22


Famoso nos casos “PC Farias” e Isabela Nardoni, Sanguientti não quis opinar sobre o fato de Bolsonaro ter recolhido áudios do Vivendas da Barra.

Para o perito George Sanguinetti, é impossível fazer uma avaliação sobre a qualidade técnica da perícia realizada nos áudios que contém conversas por interfone entre a portaria do Condomínio Vivendas da Barra e a casa do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Em entrevista ao Diário, na manhã desta segunda (4), Sanguinetti disse que a tecnologia facilitou muito o trabalho “mas nada substitui os ouvidos”, afirmou. Para ele, dependendo do material coletado e do sistema usado, a perícia pode ser feita. Ao ser questionado se o presidente errou ao se apossar dos áudios, o perito disse que não comentaria. Ele se declarou admirador e eleitor de Bolsonaro. “O senhor me desculpe, mas não dá para pensar em mudanças sem Jair Bolsonaro”, disse.

Nesta segunda-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro pode se deparar com uma situação desconfortável: partidos de oposição prometem protocolar denúncia por suposto crime de obstrução da Juistiça. No sábado, Bolsonaro disse que pegou os áudios da comunicação por interfone entre a portaria do condomínio Vivendas da Barra e sua casa.

Os áudios, para juristas ouvidos pelo Diário, fazem parte das provas que podem ajudar a esclarecer os assassinatos da vereadora Mariele e de seu motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março do ano passado, no Rio de Janeiro. Para a oposição, ao pegar os áudios, o presidente teria cometido o crime de obstrução da Justiça.

O problema é que segundo um porteiro ouvido pela Polícia, Bolsonaro teria atendido ao interfone e autorizado a entrada de um dos suspeitos das mortes. O porteiro disse que o acusado chegou na portaria pedindo para ir à casa do então deputado federal Jair Bolsonaro. Para o porteiro, o próprio Bolsonaro teria atendido e autorizado a entrada.

Por Jair Viana – Diário de São Paulo

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