Uma adolescente de 14 anos, que teria sido vítima do alemão Klaus Berno Fischer, de 73 , contou aos investigadores da 35ª DP (Campo Grande) detalhes de como o
Redação Publicado em 17/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h01
Uma adolescente de 14 anos, que teria sido vítima do alemão Klaus Berno Fischer, de 73 , contou aos investigadores da 35ª DP (Campo Grande) detalhes de como o estrangeiro atraía menores de idade para um estúdio de filmagens em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio, onde produzia vídeos de pornografia infantil. Segundo a jovem, Klaus oferecia de R$ 30 a R$ 50 para filmar as crianças enquanto enquanto cometia os crimes.
“Depois de descobrirmos o caso, através de denúncias de duas mães, nós encontramos uma outra vítima de Klaus. A menina de apenas 14 anos disse que ele aliciava os menores de comunidades carentes oferecendo quantias baixíssimas de dinheiro, que variavam entre R$ 30 e R$ 50. São relatos chocantes. A adolescente contou que Klaus gostava de jogar maços de dinheiro no chão e quando as vítimas tentavam pegar, ele batia nelas”, afirma o delegado Luís Maurício Armond, responsável pelas investigações.
Klaus foi preso e autuado por estupro de vulnerável e pelos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que tipificam o crime de produção e venda de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes. Ainda de acordo com Armond, o alemão foi detido após ser encontrado amarrado numa árvore no meio da mata em Seropédica.
“Nós conseguimos achar o estúdio dele, mas ele não estava. Foi através de informações e denúncias que o encontramos amarrado a uma árvore, no meio de uma mata fechada em Seropédica. Ele estava machucado, inclusive, e já estava quase escapando das amarras que o prendiam”, conta Armond, que disse não poder dar detalhes de como encontrou o alemão para não atrapalhar as investigações.
O delegado explica que vai começar nesta segunda-feira o trabalho de perícia técnica em todos os materiais apreendidos no estúdio de Klaus:
“É um trabalho de perícia difícil que vamos iniciar para tentar identificar todas as vítimas desse homem e as pessoas que participavam com ele, que compravam as imagens e consumiam esse conteúdo. Também vamos investigar a fundo como era a movimentação financeira de Klaus. O que posso afirmar é que estamos apenas no começo e que ainda faltam muitas pessoas para serem identificadas.”
Outro ponto descoberto pelos agentes da 35ª DP é que Klaus — que teve a prisão temporária por 30 dias decretada pelo Plantão Judiciário — tinha uma agência de turismo em Copacabana. Eles acreditam que o criminoso usava o espaço como fachada para oferecer a europeus viagens para turismo sexual com menores de idade no Rio.
iG
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