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Alckmin defende que reajuste do preço do combustível pela Petrobras não seja diário

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (13), durante caminhada em Vitória (ES), que um dos motivos para a alta do

Alckmin defende que reajuste do preço do combustível pela Petrobras não seja diário
Alckmin defende que reajuste do preço do combustível pela Petrobras não seja diário

Redação Publicado em 14/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h39


Candidato do PSDB à Presidência disse em Vitória (ES) que, para baixar preço dos derivados do petróleo, construirá refinarias para que petróleo não seja exportado e, depois, importado novamente.

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (13), durante caminhada em Vitória (ES), que um dos motivos para a alta do preço dos combustíveis no Brasil foi a política adotada pela Petrobras, com reajuste diário do preço.

Segundo o candidato tucano, o reajuste no preço dos combustíveis não pode ser diário. “Tem que ser a cada 30 dias e faz uma média”, explicou a jornalistas após a atividade de campanha.

Na quarta (12), a Petrobras voltou a elevar o preço da gasolina nas refinarias, com aumento de 0,98%. É o segundo reajuste diário após uma semana de preços inalterados.

“O que aconteceu com o preço do diesel e dos combustíveis? Primeiro que no passado o governo turbinou o aumento de impostos e a geopolitica disparou o preço do barril do petróleo, com a desvalorização do real e reajuste diário da Petrobras, que não pode ter”, disse Alckmin.

Para ele, se o preço internacional do barril do petróleo subir, o governo tem de reduzir o imposto incidente sobre ele; se cair, o governo deve aumentar o imposto.

Além disso, Alckmin defendeu que o país invista em refinarias, para que o petróleo seja refinado no Brasil.

“Nós estamos mandando o petroleo para derivar lá fora. A gente perde com o preço do frete para ir e com o preço do frete para voltar. Gerando emprego lá fora e ficando mais caro para o Brasil. A gente tem que abrir mais refinaria”, defendeu o candidato do PSDB.

“A primeira proposta é quebrar o monopólio do refino. Trazer investimento privado para ter novos refinos no brasil, novas refinarias e, com isso, reduzir o preço do combustível”, complementou.

PEC do teto de gastos

Durante a entrevista, Alckmin também falou sobre a Emenda Constitucional 95, que instituiu o teto de gastos no governo federal. Aprovada em 2016 pelo Congresso, a emenda definiu um teto para as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário e seus órgãos). Isso quer dizer que, a cada ano, esses gastos só poderão crescer conforme a inflação registrada no ano anterior.

Segundo Alckmin, a PEC do teto de gastos “é uma coisa absurda e ridícula”. Apesar das críticas à medida, em 2016, o PSDB, partido presidido por Alckmin, fechou questão pela aprovação da proposta – ou seja, caso algum deputado da bancada tivesse votado contra a PEC, ele poderia ter sido punido pela legenda.

A crítica de Alckmin à emenda se deu quando o candidato falava sobre reajustes consecutivos do salário de diversas categorias do poder público.

“Isso porque tem a PEC dos gastos, que é uma coisa absurda e ridícula. Não tem teto de gasto em São Paulo, tem corte de gastos. Não adianta fazer PEC de teto e dar aumento acima da inflação. Vai acabar o investimento no Brasil, óbvio. Se eu coloco um limite para o investimento e os gastos correntes são acima da inflação, eu acabo com o investimento. Isso é óbvio”, criticou o tucano.

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