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Airbus fecha acordo com trabalhadores para corte de 4,2 mil vagas na França

Os principais sindicatos franceses assinaram nesta segunda-feira (12) um acordo trabalhista muito aguardado com a Airbus AIR.PA da Europa, cobrindo reduções

Airbus fecha acordo com trabalhadores para corte de 4,2 mil vagas na França
Airbus fecha acordo com trabalhadores para corte de 4,2 mil vagas na França

Redação Publicado em 12/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h04


Sindicatos aceitaram esquemas de licenças e afirmam que negociações vão evitar demissões compulsórias.

Os principais sindicatos franceses assinaram nesta segunda-feira (12) um acordo trabalhista muito aguardado com a Airbus AIR.PA da Europa, cobrindo reduções de empregos e licenças para trabalhadores de produção afetados pela queda na demanda de jatos de passageiros causada pela epidemia de coronavírus.

Após três meses de negociações, os sindicatos que representam a maioria dos trabalhadores franceses da fabricante de aviões assinaram um acordo abrindo caminho para o corte de 4,2 mil empregos na França, incluindo 3.400 em Toulouse, capital aeroespacial da Europa, onde a Airbus está sediada.

Os sindicatos afirmam que o acordo evitará demissões compulsórias, embora o presidente-executivo Guillaume Faury tenha alertado recentemente a equipe de que medidas voluntárias não seriam suficientes.

Os sindicatos também assinaram um acordo implementando esquemas de licenças, apoiados pelo governo, para até 30% dos funcionários franceses envolvidos principalmente no trabalho de produção.

No total, a Airbus busca cortar 15.000 vagas entre seus mais de 130.000 funcionários e reafirmou esses planos depois que os mercados de aviação não conseguiram se recuperar da crise causada pela COVID-19 tão rapidamente quanto era esperado.

Mas a empresa informou que 1.500 empregos poderiam ser poupados se for mantido o apoio do governo para as licenças e 500 outros poderiam ser salvos pelo prometido financiamento do governo francês em um novo projeto de aeronaves livre de carbono.

Os acordos entram em vigor em 1º de janeiro.

“Durante a reestruturação, alcançamos nossa meta de ter zero dispensas compulsórias, que era nossa linha vermelha”, disse à Reuters Jean-François Knepper, negociador do sindicato Force Ouvriere.

Qualquer queda no número de pessoas que concordam em sair, em comparação com a meta da Airbus, pode ser resolvida prolongando o período de inscrição ou restringindo os salários por mais um ano, acrescentou.

Os funcionários da Airbus têm até 31 de dezembro para se inscreverem para a demissão voluntária, mas isso pode ser estendido até 31 de março.

O sindicato minoritário CGT recusou-se a apoiar o pacote, dizendo que ele falhou em descartar dispensas compulsórias ou ajudar a maioria dos funcionários.

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Por G1

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