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África do Sul afirma que superou onda de ômicron sem aumento significativo de mortes

A África do Sul, país onde a ômicron de coronavírus foi inicialmente detectada, em novembro, anunciou nesta sexta-feira (31) ter superado o pico da

África do Sul afirma que superou onda de ômicron sem aumento significativo de mortes
África do Sul afirma que superou onda de ômicron sem aumento significativo de mortes

Redação Publicado em 31/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h31


A África do Sul, país onde a ômicron de coronavírus foi inicialmente detectada, em novembro, anunciou nesta sexta-feira (31) ter superado o pico da onda causada pela variante sem notar um aumento significativo nas mortes.

Muitos países vivem recordes de infecções causados, em parte, pela variante ômicron.

“Segundo os nossos especialistas, a ômicron atingiu o seu pico sem se traduzir numa mudança significativa ou alarmante no número de hospitalizações”, disse o ministro na Presidência, Mondli Gungubele. Ele afirmou que o governo se manterá vigilante.

O toque de recolher noturno, em vigor há quase dois anos, finalmente foi levantado.

“Nós procuramos encontrar um equilíbrio entre a vida das pessoas, seu sustento e o objetivo de salvar vidas”, disse o ministro durante uma entrevista coletiva virtual. Ele afirmou ainda que a economia sul-africana continua fortemente afetada pela pandemia. O ministro afirmou que espera que “o toque de recolher não volte nunca mais”.

As metas agora são manter o uso de máscara, distanciamento social e acelerar a vacinação, que hoje está em um ritmo lento –a população da África do Sul é de 59 milhões, e 15,6 milhões foram vacinados.

Na quinta-feira, a presidência informou que os indicadores sugerem que o país ultrapassou o pico da quarta onda da pandemia, causada especialmente pela nova variante, muito mais contagiosa.

Foi constatado um aumento marginal no número de mortes em todas as províncias, segundo a presidência.

Na última semana, as novas infecções caíram quase 30% em relação à semana anterior, passando de 127.753 para 89.781. Também houve queda de internações hospitalares em oito das nove províncias.

“Embora a variante ômicron seja altamente transmissível, as taxas de hospitalização têm sido menores do que nas ondas anteriores”, disse a presidência.

Maior velocidade de transmissão

Já detectada em uma centena de países, a ômicron tem uma velocidade de transmissão maior que a delta, mas, ao mesmo tempo, parece causar menos risco de hospitalização, de acordo com os primeiros estudos na África do Sul e no Reino Unido.

Mesmo assim, cientistas alertam que seu alto potencial de infecção pode neutralizar essa aparente baixa virulência, causando também uma onda significativa de internações e mortes.

“A velocidade com que a quarta onda ligada à ômicron cresceu, atingiu o pico e caiu é desconcertante. Um pico em quatro semanas e uma queda vertiginosa em duas”, tuitou Fareed Abdullah, do Conselho Sul-Africano de Pesquisa Médica.

A África do Sul é oficialmente o país mais atingido no continente africano, com mais de 3,4 milhões de casos e 91 mil mortes. Menos de 13 mil casos foram registrados nas últimas 24 horas, metade do pico de 26 mil alcançado nesta última onda.

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G1

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