Diário de São Paulo
Siga-nos

ACUSAÇÃO – Senador Renan Calheiros enfrenta julgamento no STF

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou começou ontem (19) a analisar da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em que o senador Renan

Migalhas
Migalhas

Redação Publicado em 20/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 12h26


Ministro Edson Fachin disse que Renan esteve 17 vezes no escritório da Transpetro, o que demonstraria sua proximidade com Machado em um ambiente de negócios onde buscava recursos ilícitos.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou começou ontem (19) a analisar da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na sessão, o relator, ministro Edson Fachin, leu o relatório, divulgado em abril, e a Procuradoria Geral e o advogado do senador alagoano fizeram sustentações orais. O julgamento será retomada na próxima semana, com os votos do relator e dos demais ministros.

Doações

Segundo a denúncia, Renan teria recebido R$ 1,8 milhão sob a forma de doações eleitorais oficiais feitas pela NM Engenharia e pela NM Serviços a diretórios estaduais do PMDB e do PSDB em três estados a pedido de Sérgio Machado, então presidente da Transpetro S/A. As duas empresas tinham relações comerciais com a subsidiária da Petrobras, e as doações seriam condição imposta por Machado para garantir sua participação em licitações e contratos expressivos. Tanto os executivos das empresas quanto Sérgio Machado fizeram acordo de colaboração premiada com o MPF.

Ao pedir que a Segunda Turma receba a denúncia, o representante do MPF apontou que a defesa do senador não nega os fatos nem os valores recebidos, restringindo-se a questionar a tipicidade ou a classificação da conduta. O crime de lavagem de dinheiro, segundo o procurador, também estaria demonstrado em razão do fracionamento das vantagens distribuídas a vários diretórios estaduais. Ele observou ainda que Renan esteve 17 vezes no escritório da Transpetro, o que demonstraria sua proximidade com Machado em um ambiente de negócios onde buscava recursos ilícitos.

Por Jair Viana – Diário de São Paulo
* Com informações do STF.

Compartilhe  

últimas notícias