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Abstenção atinge 20,3%, maior percentual desde 1998

Quase 30 milhões de eleitores não compareceram às urnas neste domingo (7), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O nível de abstenção, de 20,3%,

Abstenção atinge 20,3%, maior percentual desde 1998
Abstenção atinge 20,3%, maior percentual desde 1998

Redação Publicado em 08/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h25


Número significa que quase 30 milhões de eleitores que estavam aptos não compareceram às urnas. Maior colégio eleitoral do país, São Paulo teve aumento de 2 pontos percentuais nas abstenções.

Quase 30 milhões de eleitores não compareceram às urnas neste domingo (7), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O nível de abstenção, de 20,3%, é o mais alto desde as eleições de 1998, quando 21,5% do eleitorado não votou.

Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o índice de abstenção também subiu, dois pontos percentuais, em relação ao último pleito, passando de 19,5% para 21,5%. Em número de eleitores, isso representa mais de 850 mil pessoas, de 6,2 milhões em 2014 para 7,1 milhões este ano.

  • Pernambuco tem maior índice de votos brancos e nulos; Roraima o menor

Histórico das últimas eleições

Em 1994, o percentual havia sido ainda maior: 29,3%, o que significa que 1 em cada 3 eleitores aptos não compareceram.

A abstenção tem crescido desde 2006. Na ocasião, 16,8% dos eleitores não votaram. Quatro anos depois, o índice subiu para 18,1%, e chegou aos 19,4% nas eleições presidenciais passadas, em 2014.

Em número de eleitores, a porcentagem desse ano representa 29,9 milhões de pessoas. No primeiro turno de 2014, 27,7 milhões de votantes se abstiveram do voto.

Números por estado

Dos 26 estados, mais o Distrito Federal, o Mato Grosso aparece com o maior índice de abstenção, com 24,6%. Isso significa que 1 em cada 4 eleitores aptos a votar não votaram.

Na direção oposta, o estado com o menor número de abstenções foi Roraima, 13,9%. Veja o índice por estado:

Região Sul

  • Paraná – 17%
  • Rio Grande do Sul – 18,1%
  • Santa Catarina – 16,3%

Região Sudeste

  • Espírito Santo – 19,3%
  • Minas Gerais – 22,2%
  • Rio de Janeiro – 23,6%
  • São Paulo – 21,5%

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal – 18,7%
  • Goiás – 20,2%
  • Mato Grosso – 24,6%
  • Mato Grosso do Sul – 21,2%

Região Nordeste

  • Alagoas – 22,6%
  • Bahia – 20,7%
  • Ceará – 17,3%
  • Maranhão – 20,5%
  • Paraíba – 15%
  • Pernambuco – 17,9%
  • Piauí – 15,7%
  • Rio Grande do Norte – 17,1%
  • Sergipe – 18,8%

Região Norte

  • Acre – 19%
  • Amapá – 16,7%
  • Amazonas – 19,4%
  • Pará – 20%
  • Rondônia – 22,3%
  • Roraima – 13,9%
  • Tocantins – 20%

Balanço dos estados

São Paulo foi estado com o maior aumento no número de eleitores que não votaram, com quase 870 mil ausências a mais, na comparação com as eleições de 2014. Em proporção, são dois pontos percentuais a mais, de 19,5% para 21,5%.

No entanto, o Distrito Federal foi o local com o maior aumento percentual de abstenções, passando de 11,7% em 2014 para 18,7% este ano. O Amapá aparece como a segunda maior alta, de 10,4% para 16,7%.

Na comparação com o primeiro turno das eleições de 2014, cinco estados tiveram redução proporcional das abstenções.

A maior delas foi no Piauí, que passou 18,9% há 4 anos para 15,7% neste ano. O Ceará saiu de 20,1% para 17,3%. A Paraíba registrou 17,6% de abstenções em 2014. Esse ano, o índice foi de 15%. O Pará teve queda de 21,1% para 20% este ano. Por fim, Santa Catarina teve redução de 0,1% nas abstenções, de 16,4% para 16,3%.

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