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Olimpíadas de Tóquio… 2021: relembre incertezas, adiamento, protocolos e a garantia do evento

Dia 24 de julho de 2020, a expectativa era ver fogos cortando o céu de Tóquio e mais de 11 mil atletas de 204 países desfilando pelo Estádio Olímpico. Corta!

Olimpíadas
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Redação Publicado em 30/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h47


A realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio começou a ser questionada no dia 11 de março deste ano, quando a OMS declarou o estado de pandemia da Covid-19

Dia 24 de julho de 2020, a expectativa era ver fogos cortando o céu de Tóquio e mais de 11 mil atletas de 204 países desfilando pelo Estádio Olímpico. Corta! Uma pandemia de coronavírus se espalha pelos cinco continentes, a 32ª edição das Olimpíadas é a primeira da Era Modera a ser adiada. Foram tantas incertezas, idas e vindas, o ge relembra decisões importantes tomadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pelo governo japonês ao longo deste ano.

O roteiro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio começou a ser questionado e reescrito no dia 11 de março deste ano. Naquela quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o estado de pandemia da Covid-19. Segundo o órgão, o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deveria aumentar nos próximos dias e semanas. Dito e feito, o coronavírus se espalhou e fez com que os planos do COI e do Japão mudassem. Abaixo um passo a passo narrando as notícias tão ansiadas por atletas, patrocinadores e torcedores mundo afora.

Março

04/03/2020 – Antes da declaração oficial de pandemia ser feita pela OMS, o presidente do COI, Thomas Bach afirmou que a entidade não estava discutindo adiar ou cancelar a Olimpíada de Tóquio. Após reunião com japoneses, o presidente do COI disse: “Nem a palavra cancelamento tampouco a palavra adiamento foram mencionadas”. Nos 14 dias que se seguiram, o discurso foi mantido com o argumento de que ainda faltavam quatro meses para as Olimpíadas.

22/03/2020 – Uma sinalização de que um novo encaminhamento poderia ser dado. O COI se reuniu com seu Comitê Executivo às pressas e deu 4 semanas para uma decisão final sobre as Olimpíadas de Tóquio. Um dia depois, o canadense Dick Pound, membro do COI, afirmou ao jornal americano “USA Today” que adiamento já era uma realidade.

24/03/2020 – O martelo foi batido publicamente neste dia: as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio são oficialmente adiadas para 2021. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, fez o pedido formal ao COI e anunciou a transferência para 2021 aos jornalistas após uma conversa telefônica com Thomas Bach.

28/03/2020 – Neste dia, o COI deu um recado aos atletas afirmando que todas as vagas conquistadas seriam mantidas. Em dezembro de 2019, o Brasil já tinha 152 atletas classificados. A expectativa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é de que o país consiga 250 vagas.

Aros Olímpicos em Tóquio — Foto: Tomohiro Ohsumi/Getty Images

Abril

02/04/2020 – Pouco mais de uma semana depois do anúncio de adiamento, muitas perguntas ainda estavam sem respostas. O diretor executivo dos Jogos, Christophe Dubi, chegou a falar que a “Olimpíada era uma grande máquina pronta para funcionar. E a máquina quebrou”. Uma das maiores preocupações era encontrar uma solução para a Vila dos Atletas, pois alguns dos apartamentos já haviam sido vendidos, com previsão de entrega para depois das Paralimpíadas.

13/04/2020 – Thomas Bach divulgou que o adiamento para 2021 gerou um prejuízo de “centenas de milhões de dólares” para o Comitê Olímpico Internacional. O rombo poderia ser ainda maior se o COI não tivesse um seguro pomposo que lhe renderá até R$ 10,1 bilhões (US$ 2 bilhões). Previsão da entidade era faturar R$ 25,4 bilhões com a realização dos Jogos Olímpicos neste ano.

16/04/2020 – Com federações esportivas e os comitês nacionais com finanças comprometidas por causa do adiamento das Olimpíadas Tóquio 2020, o COI assegurou que arcaria com parte dos prejuízos. “Não vamos permitir que os comitês olímpicos ou nossas federações entrem em colapso e vamos ajudá-los” disse o presidente da Comissão de Coordenação dos Jogos Tóquio 2020, John Coates, durante videoconferência.

Vila Olímpica de Tóquio 2020 — Foto: Carl Court/Equipa/Getty Images

Maio

14/05/2020 – Em teleconferência de imprensa, Thomas Bach fugiu ao ser questionado se os Jogos Olímpicos só aconteceriam no ano que vem se fosse descoberta uma vacina contra a Covid-19. “Temos a força-tarefa para assegurar a segurança da organização e um ambiente seguro para todos. Os conselhos da OMS são importantes também. Estamos a um ano e dois meses dos Jogos, é muito cedo para tirar conclusões agora. Seguimos as decisões dessa força-tarefa” disse o presidente do COI.

No mesmo dia 14, a entidade divulgou a criação de um fundo de mais de US$ 800 milhões para cobrir a crise do coronavírus no esporte. O novo fundo foi feito para cobrir parte do custo do adiamento dos Jogos. Os US$ 800 milhões serão divididos em duas partes. Vão ser US$ 650 milhões destinados à organização das Olimpíadas de Tóquio e um pacote de US$ 150 milhões destinado ao Movimento Olímpico (para federações internacionais e comitê olímpicos nacionais).

16/05/2020 – COI assinou acordo com OMS, e Bach disse que Olimpíadas precisam acontecer em “ambiente saudável”. Em um movimento histórico no meio de uma pandemia, Thomas Bach e Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, assinaram um memorando de entendimento entre as duas entidades em Genebra, na Suíça. A ideia por trás do documento é de que o esporte e a atividade física são essenciais para manter a sociedade saudável e ainda salvam vidas.

Bach e Tedros juntos assinam memorando de entendimento entre COI e OMS — Foto: Reprodução

Junho

06/06/2020 – Mais de dois meses depois de mencionar o problema pela primeira vez, o COI ainda não tinha uma solução definitiva para os apartamentos da Vila Olímpica. Mais de 1.200 unidade habitacionais (de um total de 5.600) já tinham sido vendidas. Pierre Durcey, diretor de operações do COI, comentou que as indenizações para os compradores dos apartamentos seriam caras: “É uma mudança enorme e requer uma série de indenizações e discussões”. Achar uma forma de agradar corretores e proprietários era um dos maiores desafios dos organizadores.

07/06/2020 – Membro do COI, Pierre-Oliver Backers, afirmou ao jornal “L’Avenir” que a decisão final sobre Olimpíadas de Tóquio sairia em março de 2021: “Se as questões sobre a crise global da saúde persistirem, a decisão será tomada na primavera (que começa em março e vai até junho no hemisfério norte)”.

10/06/2020 – O COI e os organizadores das Olimpíadas de Tóquio reuniram mais de 200 ideias para simplificar a realização dos Jogos no ano que vem. As sugestões são uma tentativa de reduzir o impacto econômico causado pelo adiamento do evento. Naquela época, o coronavírus já tinha atingido mais de 7,1 milhões de pessoas em todo o mundo, provocando mais de 406,5 mil mortes.

12/06/2020 – Faltando pouco mais de 400 dias para a data oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o diretor executivo do Comitê Organizador, Toshiro Muto, chegou a dizer que havia a possibilidade de diminuição do número de atletas inscritos para o evento. Isso seria feito para diminuir os gastos da organização. Segundo o dirigente, à época, das 43 instalações previstas, 13 não estavam garantidas para utilização nos Jogos.

Toshiro Muto chefe-executivo Comitê Tóquio 2020 — Foto: Christopher Jue/Getty Images

Julho

12/07/2020 – Em desabafo ao jornal “L’Equipe”, Thomas Bach disse que teria sido mais fácil cancelar os Jogos. O dirigente, no entanto, afirmou que o papel do COI era dar condições para a realização do evento.

16/07/2020 – A cerca de um ano para o início das Olimpíadas de Tóquio, Thomas Bach rejeitou a hipótese de ter os Jogos sem torcedores: “Os Jogos Olímpicos a portas fechadas são claramente algo que não queremos. Portanto, estamos trabalhando para uma solução para os Jogos Olímpicos, que por um lado salvaguarde a saúde de todos os participantes e por outro lado também reflita o espírito olímpico”.

23/07/2020 – Na marca de um ano para as Olimpíadas, Bach admitiu: “Tarefa gigantesca à nossa frente”. Dentro do Estádio Olímpico de Tóquio, cerimônia foi marcada pela presença da nadadora Rikako Ikee, que foi diagnosticada com leucemia, e pelo “reaparecimento” da chama olímpica.

29/07/2020 – Vice-presidente do COI e presidente da Comissão de Avaliação para os Jogos de Tóquio, o australiano John Coates afasta as dúvidas e confia que as Olimpíadas vão ter a abertura no dia 23 de julho de 2021: “Devemos aos atletas garantir que as Olimpíadas aconteçam e uma geração de atletas não perca a oportunidade dos participar dos Jogos. Estou trabalhando muito nisso, e meu instinto sente que vamos ter Olimpíadas sim”.

Rikako Ikke com a chama olímpico no Estádio Nacional de Tóquio — Foto: Du Xiaoyi/Getty Images

Agosto

13/08/2020 – Diante da pandemia de coronavírus, o governo do japonês começou a discutir maneiras de diminuir as restrições de acesso ao país para facilitar a entrada de atletas e oficiais estrangeiros para as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio no ano que vem. Ainda assim, o país afirmou que exigiria testes antes da partida e na chegada ao Japão.

20/08/2020 – Organizadores das Olimpíadas de Tóquio mantêm cronograma do revezamento da tocha. O revezamento está previsto para começar em 25 de março de 2021, na prefeitura de Fukushima, um símbolo da reconstrução do Japão após o terremoto e tsunami de 2011. Ao todo, o cronograma prevê passagem por todas as 47 províncias em 121 dias, chegando em Tóquio no dia da cerimônia de abertura, 23 de julho.

27/08/2020 – Governadora de Tóquio, Yuriko Koike, dá declarações mostrando confiança na realização das Olimpíadas: “Está nos trilhos! Acho que a situação está muito melhor do que antes. Faremos o nosso melhor para prevenir infecções por coronavírus aqui no Japão e também para dar as boas-vindas aos atletas de todo o mundo”. Naquela semana, a cidade de Tóquio registrava apenas 187 novos casos de coronavírus.

Aros olímpicos na parede do Museu Olímpico do Japão, em Tóquio — Foto: Stanislav Kogiku/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

Setembro

02/09/2020 – Painel do governo da cidade-sede dos Jogos discutiu medidas de segurança nas instalações olímpicas, controle de fronteiras e protocolos com pessoas infectadas. Entre as possíveis medidas está a utilização de um aplicativo de celular para rastrear a movimentação dos 11 mil atletas de mais de 200 países durante as Olimpíadas. Outras pessoas envolvidas nos Jogos, como os 80 mil voluntários, organizadores e jornalistas, também podem ser monitorados.

04/09/2020 – Neste dia, após primeira reunião de força-tarefa com o Governo do Japão, Comitê Organizador reafirmou que os Jogos podem ser realizados mesmo sem vacina. Toshiro Muto, diretor dos Jogos, reconheceu que a força-tarefa não teria até dezembro um cenário claro sobre os rumos da pandemia do coronavírus, mas entendia que um plano de ação concreto era fundamental para ter uma definição do orçamento. As reuniões mensais da força-tarefa foram criadas para discutir medidas no controle de fronteiras, protocolos com pessoas infectadas durante os Jogos, protocolos de quarentena, monitoramento de movimentação de atletas e pessoas envolvidas nas Olimpíada (voluntários, oficiais e jornalistas).

09/09/2020 – Cinco dias depois, Thomas Bach disse que COI estuda vários cenários para Olimpíadas: “Situação muda todos os dias”. Presidente evitou seguir afirmações de John Coates, vice-presidente da entidade, mas afirmou que único princípio é entregar Jogos seguros para todos os envolvidos.

25/09/2020 – Tóquio detalha simplificações nas Olimpíadas com redução de comitivas, mas sem afetar atletas. Para cortar custos, o Comitê Organizador anunciou uma série de medidas de simplificação da estrutura dos Jogos, divididas em 52 tópicos. O destaque é para a redução das comitivas olímpicas em até 15%. No entanto, os japoneses asseguraram que o número de atletas das delegações não vai ser impactado por essa redução de pessoas envolvidas nas Olimpíadas.

Hidemasa Nakamura (D), oficial de entrega de jogos de Tóquio 2020, e Koji Murofushi (c), diretor de esportes de Tóquio 2020 — Foto: The Yomiuri Shimbun via AFP

Outubro

07/10/2020 – Presidente Thomas Bach mostra otimismo em operação com vacina e testes rápidos de Covid-19. Presidente do COI mostrou confiança não apenas com a organização do evento, mas também com a possibilidade de que os torcedores, inclusive os que vivem fora do Japão, possam acompanhar as competições in loco. A dúvida é sobre capacidade de arenas.

23/10/2020 – A nove meses do início Jogos Olímpicos de Tóquio, os organizadores fizeram três dias de testes para avaliar algumas tecnologias que poderão ser utilizadas no protocolo envolvendo o público do evento. Segurança e possíveis medidas contra o coronavírus foram analisadas. O local dos testes foi o Centro de Imprensa, onde os profissionais de imprensa trabalharão. Segundo a agência “Reuters”, câmeras de termologia e termômetros infravermelhos sem contato foram testados na chegada das pessoas aos locais de competição. Os testes também avaliaram como o público passará pela área de fiscalização para entrar no local sem aglomeração, seguindo o distanciamento social.

26/10/2020 – O novo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, afirmou que o governo garantirá vacinas contra Covid-19 suficientes para a população japonesa no primeiro semestre de 2021, diminuindo assim a possível “propagação explosiva” do coronavírus durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

O novo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, afirmou que o governo garantirá vacinas contra Covid-19 — Foto: Istock Getty Images

Novembro

16/11/2020 – Em sua primeira visita a Tóquio desde o adiamento dos Jogos, Thomas Bach diz que COI pode ajudar a custear vacina para participantes das Olimpíadas. Bach também afirmou que o COI não medirá esforços para garantir que o máximo de participantes e torcedores estejam vacinados contra o coronavírus à época das Olimpíadas.

18/11/2020 – Ainda em visita a Tóquio, dirigentes do COI afirmaram que, ao contrário do que costuma acontecer durante os Jogos, os atletas que terminarem suas competições precisarão sair da Vila Olímpica logo em seguida. John Coates, atual vice-presidente do COI, falou sobre o combinado com a comissão de atletas: “Precisamos nos certificar de que a Vila Olímpica seja o lugar mais seguro de Tóquio com relação a Covid-19. Os atletas têm que ter confiança na segurança para diminuirmos os problemas. Os atletas, assim que terminarem sua competição, terão um dia, ou até dois dias e depois irão para casa. Um período maior de permanência na Vila aumenta o potencial de problemas”.

Thomas Bach visita estádio olímpico — Foto: Getty Images

Dezembro

01/12/2020 – Anéis olímpicos voltam à Baía de Tóquio, e organização reforça que os Jogos serão realizados em 2021. O símbolo dos Jogos na cidade havia sido instalado em janeiro e retirado em agosto para manutenção.

Anéis olímpicos baía de Tóquio  — Foto: Getty Images

10/12/2020 – O governo do Japão prometeu apoiar a iniciativa do COI de buscar vacinar todos os atletas que participarão das Olimpíadas em 2021. Uma carta de compromisso, em nome do primeiro-ministro Yoshihide Suga, foi enviada à Aliança Global de Vacinas, a Gavi. Segundo artigo publicado pelo jornal “The Mainichi”, os números da Covid-19 entre japoneses vinham subindo desde meados de novembro. Espera-se que as primeiras vacinações no Japão comecem já em março.

15/12/2020 – Pesquisa no Japão indicou que só 27% da população é a favor da realização das Olimpíadas. Apenas 27% dos entrevistados é a favor do evento nas datas previstas, outros 32% querem o cancelamento e 31% um novo adiamento. 10% não respondeu ou não tem opinião formada sobre o tema.

Também no dia 15 de dezembro, o Presidente do COI disse que “Tóquio é a cidade olímpica mais bem preparada de todos os tempos”. Bach completou dizendo: “Se você olhar para as instalações, elas são muito impressionantes e inspiradoras. Eu visitei a Vila Olímpica, porque, para um atleta, esse é o lugar onde o espírito olímpico está, onde todos os atletas estão juntos. (…) É muito bem planejada e já está adaptada aos requerimentos (de coronavírus) porque tem espaço suficiente para o distanciamento social. Os japoneses têm pensado em cada detalhe”.

Protestos Tóquio 1 ano Olimpíadas — Foto: REUTERS/Issei Kato

22/12/2020 – Organizadores divulgaram um aumento de 22% no orçamento original dos Jogos. Foram 12 bilhões de reais acima do valor previsto inicialmente, os custos adicionais foram provocados pelo adiamento e pelas medidas de contenção do coronavírus. Um estudo da Universidade de Oxford confirmou que Tóquio será a Olimpíada de Verão mais cara já registrada.

23/12/2020 – O Comitê Tóquio 2020 anunciou mudanças na equipe criativa responsável por dirigir as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos no ano que vem. O plano é fazer uma cerimônia mais simples, com menos artistas e atletas dentro do Estádio Olímpico. “Hoje, cerimônias extravagantes e chamativas são consideradas supérfluas e devemos ver este momento como uma oportunidade para mudar devido, ou melhor, graças à crise global de saúde”, disse Hiroshi Sasaki, novo diretor artístico.

24/12/2020 – Na véspera de Natal, um presente para repor as perdas no caixa do Comitê Tóquio 2020. Todos os 68 patrocinadores domésticos dos Jogos Olímpicos concordaram em estender seus contratos até 2021. Os organizadores esperam arrecadar o equivalente a R$ 1 bilhão em contribuições adicionais.

As Olimpíadas serão de disputadas de 23 de julho a 8 de agosto, e as Paralimpíadas de 24 de agosto a 5 de setembro.

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GE – Globo Esporte.

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