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66% dos moradores da cidade de SP disseram ter saído de casa para ver amigos durante a pandemia, contra 64% para trabalhar

Uma pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Itaú mostrou que o percentual de moradores de São Paulo que declarou ter saído de

66% dos moradores da cidade de SP disseram ter saído de casa para ver amigos durante a pandemia, contra 64% para trabalhar
66% dos moradores da cidade de SP disseram ter saído de casa para ver amigos durante a pandemia, contra 64% para trabalhar

Redação Publicado em 30/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h55


Estudo do Cebrap e do Itaú mostra que percentual de entrevistados que disse ter saído de casa para trabalhar, mesmo que esporadicamente, foi menor do que para visitar amigos ou parentes.

Uma pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Itaú mostrou que o percentual de moradores de São Paulo que declarou ter saído de casa para trabalhar durante a pandemia, mesmo que esporadicamente, foi menor do que o percentual que saiu para encontrar amigos ou parentes.

Foram entrevistadas 350 pessoas na capital entre fevereiro e março deste ano, período no qual a pandemia de Covid-19 estava em tendência de alta, e pouco antes do auge da segunda onda, que ocorreu nos primeiros dias de abril.

Segundo o estudo, 64% dos entrevistados declararam ter saído de casa para trabalhar, contra 66% que disseram ter saído para visitar parentes ou amigos.

No relatório, os pesquisadores destacaram que, “mesmo a aplicação da pesquisa sendo realizada em um momento delicado da pandemia, pelo menos um quarto das pessoas disseram sair para ir a bares ou restaurantes”. Na capital paulista, esse percentual foi de 33%.

Além de São Paulo, a pesquisa foi feita também nas cidades do Rio de Janeiro, de Recife, de Salvador e de Porto Alegre. Dentre essas, a capital paulista foi a que teve a maior proporção de pessoas que disseram sair de casa pelo menos três vezes por semana durante a pandemia. Foram 40% dos entrevistados nestas condições.

Outros 50% dos entrevistados de São Paulo disseram sair até três vezes por semana e apenas 10% saíram esporadicamente ou não saíram de casa no período.

Somente 18% dos paulistanos disseram que continuaram trabalhando exclusivamente em home office à época da pesquisa. A maior parte dos entrevistados (57%) disse que continuava indo para o local de trabalho, seja diariamente ou algumas vezes por semana. Outros 19% ficaram desempregados no período.

Somente 18% dos paulistanos disseram que continuaram trabalhando exclusivamente em home office — Foto: Heloísa Casonato/G1

Somente 18% dos paulistanos disseram que continuaram trabalhando exclusivamente em home office — Foto: Heloísa Casonato/G1

Mobilidade

Segundo a pesquisa, pelo menos metade da população das cinco capitais disse que anda mais a pé para evitar o transporte público por conta da pandemia. Na cidade de São Paulo, 43% dos entrevistados disseram que sempre andam mais a pé e 13% disseram quase sempre.

Os paulistanos também responderam que saem em horários alternativos para evitar aglomerações: 56% dos entrevistados disseram que fazem isso sempre e 12%, quase sempre.

Trânsito intenso de carros na Avenida Washington Luís na cidade de São Paulo (SP), nesta sexta-feira (29).   — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Trânsito intenso de carros na Avenida Washington Luís na cidade de São Paulo (SP), nesta sexta-feira (29). — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

No entanto, os deslocamentos à pé caíram na cidade de São Paulo com a pandemia, segundo a pesquisa. Questionados se realizam trajetos a pé, 85% dos entrevistados disseram que sim antes da pandemia e 82% durante a pandemia.

O uso de bicicleta também não aumentou por conta da Covid-19: 22% dos entrevistados responderam que utilizam esse meio de transporte, mesmo que esporadicamente, durante a pandemia, mesmo percentual que respondeu que utilizava a bike antes do coronavírus.

Bicicleta

Ciclistas na ciclovia da marginal Pinheiros, nesta segunda-feira (11 de outubro de 2021).  — Foto:  ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ciclistas na ciclovia da marginal Pinheiros, nesta segunda-feira (11 de outubro de 2021). — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O uso de bicicletas foi destacado na pesquisa como uma alternativa para evitar aglomerações por 21% dos paulistanos. Esse percentual, no entanto, foi maior com outros modais: 26% dos entrevistados da capital paulista citaram o carro particular como alternativa e 24% mencionaram táxis ou carros de aplicativo como uma opção para evitar a contaminação por Covid-19.

A pesquisa também avaliou o apoio da população a políticas públicas que priorizem deslocamentos de bicicleta ou a pé. Na cidade de São Paulo, 77% dos entrevistados disseram que os governos devem investir nesses dois meios de transporte.

Em relação às ciclovias e ciclofaixas, 77% dos entrevistados se declararam favoráveis ou muito favoráveis às que já existem na cidade e 85% disseram ser a favor da implementação de novas vias.

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G1

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