Rodrigo Constantino
Redação Publicado em 19/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h35
Rodrigo Constantino
A pandemia está em sua pior fase no Brasil, provavelmente pela tal variante mais agressiva. A Fiocruz alerta para a ocupação de leitos com UTIs. As mortes diárias alcançaram patamares bem preocupantes. Diante desse quadro, a busca tanto de um bode expiatório como de uma solução mágica é compreensível e natural. E parte da população, com apoio da mídia, já tem a resposta para ambos na ponta da língua: culpa de Bolsonaro, e só resta o lockdown!
Dizer que é compreensível não é o mesmo que dizer que é certo. São respostas instintivas para essa gente, sem o devido filtro da razão. Afinal, os governadores tiveram autonomia garantida pelo STF para lidarem com a crise, impuseram medidas restritivas, no caso de São Paulo o governo fechou com a Sinovac chinesa a compra das vacinas, e o governo federal soltou a verba. Por que, então, seria responsabilidade do presidente?
Há ocupação de até 100% dos leitos em cidades francesas também. Seria culpa de Bolsonaro? A Argentina, mais perto, é um desastre em todos os aspectos: tem mais mortes por habitante, o colapso econômico foi muito maior e o governo socialista avança sobre as liberdades de todos, além de ter imposto um severo lockdown. O que aconteceu? Por que a Argentina sequer entra nas análises da nossa imprensa, parecendo que sumiu do mapa?
Precisamos de mais vacinas, cobram os indignados. Tudo bem, mas não vale lembrar que falta vacina quase no mundo todo, que na Europa há brigas internas por conta disso, e que mesmo nos países que possuem mais vacinas, como Alemanha e França, parte expressiva da população as rejeita, por desconfiança? Seria isso também alguma influência nefasta de Bolsonaro, do outro lado do mundo?
No mais, se a vacina é uma panaceia, por que os Estados Unidos, que vacinaram dezenas de milhões, continuam com um presidente que condena a abertura, como fez Joe Biden com a decisão do governador do Texas, e ainda exige o uso de máscaras, de até duas?! Se o objetivo é impedir o colapso do sistema hospitalar, por que “isonacionistas” continuam pregando lockdown em países, estados ou cidades que possuem folga em suas UTIs?
A eficácia do lockdown é bem questionável, mas seu impacto negativo na economia, sem falar de nossas liberdades, é evidente. Uma apresentadora da Globo, porém, disse que o “choro é livre” para quem reclama das restrições. Sim, Maju, o choro é sempre livre. E vários choraram junto com o prefeito de Aparecida quando ele relatou a situação de sua cidade, com 70% de desempregados e gente batendo à porta da Prefeitura pedindo uma cesta básica. Nem todos tem salário garantido no final do mês.
A questão delicada que se impõe aos defensores do lockdown é esta: vão defendê-lo até quando? Até a vacinação geral, que vai levar meses? Como a população trabalhadora vai aguentar uma coisa dessas? No fundo, diante dessas perguntas incômodas, porém necessárias para um debate sério e adulto, a turma já tem a resposta pronta: “Não sei qual a solução, só sei quem é o culpado: Bolsonaro!”
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