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10 pontos para entender as eleições de 2018 nos EUA

Os Estados Unidos escolheram uma nova Câmara dos Deputados, renovaram parte do Senado e elegeram 75% de novos governadores. Veja os principais destaques das

10 pontos para entender as eleições de 2018 nos EUA
10 pontos para entender as eleições de 2018 nos EUA

Redação Publicado em 07/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h11


Trump perdeu maioria na Câmara, mas garantiu maioria no Senado dos EUA. País elegeu ao menos 25 governadores republicanos e 22 democratas.

Os Estados Unidos escolheram uma nova Câmara dos Deputados, renovaram parte do Senado e elegeram 75% de novos governadores. Veja os principais destaques das “midterms” (eleições de meio de mandato), realizadas nesta terça-feira (6):

  1. Câmara: após 8 anos, o Partido Democrata voltou a ter maioria de deputados e pode complicar a 2ª metade do mandato do republicano Donald Trump. Até o momento, democratas elegeram 219 deputados e republicanos, 193. O voto maciço da classe média dos subúrbios e das mulheres – dois nichos frequentemente ofendidos pelo discurso de Trump – impulsionaram a vitória democrata, como analisa a colunista do G1 Sandra Cohen.
  2. Senado: os republicanos conseguiram manter maioria no Senado, com 51 assentos. Democratas ficam com 45 cadeiras. Segundo o jornal “The New York Times”, a vitória de Trump no Senado veio, principalmente, dos votos obtidos em bastiões conservadores, como as áreas rurais, onde a popularidade do presidente se manteve ou aumentou em relação a 2016.
  3. Consequências para Trump: majoritariamente democrata, a Câmara deve barrar projetos do presidente, como a construção do muro no México ou a revogação do Obamacare. Os deputados também poderão investigar as declarações fiscais de Trump, possíveis conflitos de interesse empresariais e alegações envolvendo a campanha do presidente em 2016 e a Rússia. Já no Senado a vitória é uma garantia contra um eventual processo de impeachment. E, juntamente como o resultado nos estados, dificulta o cenário para os democratas na disputa contra Trump em 2020, escreve o colunista do G1 Hélio Gurovitz.
  4. Estados: serão ao menos 25 governadores republicanos e 22 democratas (três estados ainda não divulgaram resultados). O partido Democrata venceu em 7 estados onde Trump foi vitorioso em 2016: Nevada, Novo México, Kansas, Wisconsin, Illinois, Michigan, e Maine.
  5. Flórida: Os republicamos venceram por uma pequena diferença de votos tanto a disputa pelo governo como pelo Senado, o que mostra a força local de Trump num dos principais estados-pêndulo – como são chamados aqueles que não tem preferência partidária definida – dos EUA.
  6. Maior participação de mulheres: Até a manhã desta quarta, 92 mulheres haviam sido eleitas para a Câmara, superando o recorde anterior, de 84. Já no Senado, 10 mulheres foram eleitas, elevando o número total de mulheres que atuarão no Senado para 23. A Casa possui 100 cadeiras, sendo que 35 delas estavam em disputa.
  7. Minorias: pela primeira vez, os EUA elegeram representantes de minorias como muçulmanos, indígenas e refugiados. Também foi escolhido o primeiro governador abertamente gay.
  8. Maconha: além de eleger novos representantes, alguns estados fizeram consultas públicas. Uma delas tratou do uso da maconha. Missouri aprovou o uso de maconha medicinal. O estado da Dakota do Sul barrou o uso recreativo.
  9. Possível recorde de eleitores: Os números de votantes ainda não saíram, mas jornais americanos mostraram longas filas para votar em vários estados e citam projeções de participação recorde em eleições de meio de mandato.
  10. Apostas para 2020: O democrata Beto O’Rourke, que perdeu o Senado do Texas para Ted Cruz, conseguiu bater recorde de arrecadação para campanhas, ganhou projeção nacional e começa a ser mencionado como possível candidato à presidência em 2020. Do lado republicano, o cogitado é Mitt Romney, ex-governador do Massachusetts, que em 2012 concorreu à presidência contra Barack Obama e voltou agora à política como senador por Utah. Ele é especulado como candidato para desafiar Trump em 2020 ou tentar um terceiro mandato republicano em 2024.
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