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1 em cada 4 desempregados procura trabalho há 2 anos ou mais, aponta IBGE

Dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1 em cada 4 desempregados brasileiros procura

1 em cada 4 desempregados procura trabalho há 2 anos ou mais, aponta IBGE
1 em cada 4 desempregados procura trabalho há 2 anos ou mais, aponta IBGE

Redação Publicado em 14/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h14


Número de desempregados nesta condição bateu novo recorde histórico, chegando a 3,2 milhões; 13 estados e o DF têm taxa de desemprego acima da média do país.

Dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1 em cada 4 desempregados brasileiros procura emprego há mais de 2 anos.

Dentre os 12,5 milhões de desempregados no país no 3º trimestre de 2018, 3,197 milhões estavam nesta condição há 2 anos ou mais. Este número bateu novo recorde histórico e corresponde a 25,6% do total de desempregados do país e um acréscimo de 350 mil pessoas em 1 ano. No 2º trimestre, eram 3,162 milhões, ou 24% do total.

Os números do IBGE mostram que também aumentou o número de brasileiros que procuram emprego há menos de um mês, ao passo que caiu o daqueles que buscam uma vaga há mais de 1 mês e há menos de 2 anos.

No Brasil, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,9% no trimestre encerrado em setembro, atingindo 12,5 milhões de brasileiros.

O número de pessoas desalentadas (que desistiram de procurar emprego) ficou estável em relação ao trimestre anterior, atingindo 4,78 milhões de pessoas. Os estados com o maior número de desalentados são Bahia (794 mil pessoas) e Maranhão (523 mil).

No 3º trimestre de 2018, o rendimento médio dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.222, o que segundo o IBGE representa uma estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.229) como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.208).

13 estados e o DF têm desemprego acima da média do país

Em 21 das 27 unidades da federação, a taxa de desemprego permaneceu estável em relação ao segundo trimestre, segundo o IBGE.

O único estado que registrou alta foi Roraima, onde a taxa passou de 11,2% para 13,5%, ou 5 mil pessoas a mais. “Foi um aumento expressivo, mas a gente não pode apontar que é em função do processo migratório… Não temos a informação se esse desocupado em Roraima é migrante ou não”, disse o coordenador da pesquisa Cimar Azeredo.

Dezoito estados e o DF ainda apresentam taxas de dois dígitos, e em 14 unidades da federação a taxa superior à da média nacional (11,9%).

As maiores taxas de desocupação estão no Amapá (18,3%), Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%). As menores em Santa Catarina (6,2%), Mato Grosso (6,7%) e Mato Grosso do Sul (7,2%).

A taxa de desemprego do Estado de São Paulo, maior economia do país, recuou de 13,6% no 2º trimestre para 13,1% no 3º trimestre.

Taxa de desemprego por estado:

  • Santa Catarina: 6,2%
  • Mato Grosso: 6,7%
  • Mato Grosso do Sul: 7,2%
  • Rio Grande do Sul: 8,2%
  • Rondônia: 8,6%
  • Paraná: 8,6%
  • Goiás: 8,9%
  • Minas Gerais:9,7%
  • Tocantins: 9,8%
  • Ceará: 10,6%
  • Paraíba: 10,7%
  • Pará: 10,9%
  • Espirito Santo: 11,2%
  • Brasil: 11,9%
  • Piauí: 12,3%
  • Distrito Federal: 12,6%
  • Rio Grande do Norte: 12,8%
  • Acre: 13,1%
  • Amazonas: 13,1%
  • São Paulo: 13,1%
  • Roraima: 13,5%
  • Maranhão: 13,7%
  • Rio de Janeiro: 14,6%
  • Bahia: 16,2%
  • Pernambuco: 16,7%
  • Alagoas: 17,1%
  • Sergipe: 17,5%
  • Amapá: 18,3%

Na análise por região, o Nordeste apresenta as maiores taxas de desemprego (14,4%). A Região Sul teve a menor taxa (7,9%). Já as regiões Sudeste ee Centro-Oeste registraram taxas de 12,5% e 9,5%, respectivamente.

Trabalho com carteira e informal

No 3º trimestre de 2018, 74,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contra 75,3% no 3º trimestre de 2017. Os estdos com os maiores percentuais foram Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (82,8%) e São Paulo (81,1%), e as menores ficaram com Maranhão (51,1%), Piauí (54,1%) e Paraíba (54,9%).

Já p trabalho sem carteira assinada cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior. Frente ao 3º trimestre de 2017, esse aumento foi de 5,5% (601 mil pessoas a mais). As maiores proporções de trabalho foram observadas no Maranhão (48,9%), Piauí (45,9%) e Paraíba (45,1%), e as menores foram em Santa Catarina (11,6%), Rio Grande do Sul (17,2%) e (18,9%).

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