STJ devolveu presidência da legenda a Eurípedes Júnior no domingo, oito horas após convenção confirmar Marçal candidato. Partido deve ter convocará nova convenção nacional do partido para referendar apoio formal à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
G1 Publicado em 04/08/2022, às 09h43
Em meio a disputas internas no partido, o influenciador e coach Pablo Marçal afirmou, durante coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira (3), que irá manter sua candidatura à Presidência da República pelo Pros e que está disposto a ir à Justiça para garantir sua participação nas eleições.
Alas adversárias disputam internamente o comando da sigla e, no domingo (31), o Superior Tribunal de Justiça (STJ)devolveu a presidência da legenda a Eurípedes Júnior.
Júnior é contrário à candidatura própria e defende que o partido apoie a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno. Marçal afirmou ainda que não acredita que "existem chances" de que a sua candidatura seja cancelada, e que ela será validada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Não tem prazo legal para eles [Pros] fazerem isso [convocarem uma nova convenção]. Se eles quiserem fazer qualquer manobra, eu vou levar algumas pessoas lá [no TSE] com um mandado de segurança na mão. Esta lá no TSE, meu nome está nas mãos do Alexandre de Moraes, a minha candidatura está registrada e tem CNPJ, vai ser a primeira vez na história que alguém vai querer fazer uma manobra dessas", afirmou.
"Eu renuncio a partir de agora a meu tempo de qualidade com a minha família, os milhões de reais que estou deixando de faturar, pois não estou conectado a negócios. Eu tenho renunciado tantas coisas para servir essa nação, se depende de mim nem Lulae nem Bolsonarovão sentar na cadeira da República", disse ele.
Em nota, antes da coletiva, Marçal afirmou que sua candidatura "foi indicada em ata de convenção realizada pelo partido dentro dos prazos legais" e que, "para que se consolide o suposto apoio" a um outro candidato, "seriam necessários 10 dias para convocação de uma nova convenção, conforme estatuto do partido, algo inviável até o dia 5 de agosto". O calendário eleitoral definido pelo TSE estabeleceu a data como final para a realização de convenções.
"Esclarecemos que qualquer ação no sentido de descumprir a indicação realizada na convenção e contrária ao ordenamento jurídico vigente, será objeto de judicialização, uma vez que já existe o registro da candidatura aguardando apenas a homologação do TSE", diz o comunicado.
"Seguimos firmes no propósito de destravar a nação pelo voto e de enfrentar qualquer poder que, arbitrária e ilegalmente, ouse afrontar o estado democrático de direito", finaliza.
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