PF investiga também participação de peruano em tráfico de drogas e compra de pescados ilegais no Vale do Javari.
Redação Publicado em 08/07/2022, às 00h00 - Atualizado às 12h52
A Polícia Federal prendeu na quinta-feira (7) um homem suspeito de ser o mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os assassinatos ocorreram em junho na região do Vale do Javari, no Amazonas.
A prisão do peruano Rubens Villar Coelho, apelidado de Colômbia, foi confirmada pelo superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Fontes, ao G1.
O homem foi detido em flagrante devido ao uso de documentos falsos durante interrogatório na delegacia de Tabatinga sobre sua suposta participação nos crimes. No entanto, Colômbia negou estar envolvido nos homicídios.
Os investigadores há muito tempo monitoram as atividades do peruano, que está ligado não apenas ao tráfico de drogas, como também à compra de pescado ilegal de criminosos da região do Vale do Javari.
Colômbia não poderá ser solto mediante pagamento de fiança, porque a pena do crime de porte de documentos falsos é superior a quatro anos. Além disso, a PF pretende solicitar a prisão temporária dele para estender as investigações sobre a relação do peruano com as mortes do indigenista e do jornalista inglês.
Por outro lado, nesta sexta-feira (8), termina o prazo das prisões de outros três suspeitos dos assassinatos: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.
Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram quando faziam uma expedição pelo território indígena do Vale do Javari, na Amazônia.
Os dois foram vistos pela última vez em 5 de junho na comunidade de São Rafael. De lá, seguiriam viagem para Atalaia do Norte, em um trajeto de 72 km e que duraria pelo menos duas horas. No entanto, eles nunca chegarão ao destino.
Depois de um longo período de buscas e investigações por parte das autoridades locais e da PF, os restos mortais do jornalista e do indigenista foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.
Um laudo da Polícia Federal afirmou que Bruno levou três tiros – dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado no tórax. Os restos mortais foram localizados depois que Amarildo da Costa Oliveira confessou seu envolvimento no assassinato e apontou onde os corpos estavam enterrados.
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