Maior ataque aéreo russo atinge infraestrutura crítica ucraniana

Na madrugada de quarta-feira (8), a Ucrânia enfrentou um grande ataque aéreo, com mísseis e drones russos atingindo quase uma dúzia de instalações de infraestrutura crítica. As autoridades de Kiev relataram sérios danos a três usinas térmicas da era soviética, marcando mais um episódio em meio à longa e conturbada relação entre os dois países.

A Força Aérea ucraniana informou que conseguiu abater a maioria dos mísseis e drones lançados no ataque, destacando os esforços para defender o sistema de energia do país, que tem sido alvo frequente desde o início da invasão russa há mais de dois anos.

O ministro da Energia, German Galushchenko, expressou indignação com o ataque, descrevendo-o como mais um golpe ao já combalido setor energético ucraniano. Os danos estenderam-se para além das usinas térmicas, afetando também outras instalações de energia, além de casas, veículos e uma estação de bombeiros.

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Os ataques, que ocorreram em várias regiões, incluindo Poltava, Kirovohrad, Zaporizhzhia, Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia, intensificaram os apagões que já assolavam o país. Embora algumas dessas regiões estejam distantes das linhas de frente no leste, onde os combates são mais intensos, o impacto dos ataques será sentido de forma significativa, especialmente durante os picos de consumo de energia.

A Rússia afirmou que os ataques foram uma resposta a investidas ucranianas contra instalações de energia russas. No entanto, Kiev denunciou a ação como um ataque direto à sua infraestrutura civil. A falta de transparência sobre os alvos específicos atingidos reflete a política de sigilo adotada pela Ucrânia para evitar futuros ataques aéreos russos.

Além das usinas térmicas, o governador de Lviv, Maksym Kozytskyi, relatou um ataque a uma instalação de armazenamento de gás natural em sua região, no oeste do país, ampliando ainda mais o alcance dos danos infligidos pelos ataques russos.

Enquanto ambos os lados trocam acusações e se justificam, a população ucraniana enfrenta as consequências diretas da escalada de hostilidades, temendo pela segurança de suas infraestruturas e pela estabilidade do país em meio a uma crise prolongada.