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FMI só vê alívio fiscal no Brasil após governo Lula

Para o Fundo, país vai registrar déficit de 0,6% do PIB em 2024 e de 0,3% em 2025

Economia brasileira. - Imagem: Reprodução | Pixabay
Economia brasileira. - Imagem: Reprodução | Pixabay

por Marina Milani

Publicado em 18/04/2024, às 08h20


O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou suas novas projeções fiscais para o Brasil, revelando um panorama de déficits primários até 2026. Segundo o Monitor Fiscal do FMI, o país deve registrar déficits de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e de 0,3% em 2025, números que foram revisados para baixo em relação às últimas previsões feitas em outubro.

A análise do FMI indica que somente em 2026, último ano do governo Lula, o Brasil conseguiria zerar o déficit. A partir desse ano, o país alcançaria um superávit de 0,4% do PIB, mantendo um saldo positivo entre despesas e receitas até 2029, último ano das projeções.

Além disso, o FMI prevê um aumento contínuo na dívida pública bruta brasileira, que passaria de 84,7% do PIB em 2023 para 86,7% neste ano. Esse índice seguiria aumentando até atingir 90,9% em 2026. Apesar disso, as projeções atuais são ligeiramente melhores do que as estimativas anteriores, que indicavam uma dívida bruta de 90,3% já em 2024.

O estudo do FMI também destaca que a situação da dívida brasileira é mais desafiadora em comparação com outros países emergentes. Enquanto a média da dívida entre esses países fica em torno de 70,3% do PIB em 2024, o Brasil apresenta um índice de 86,7%. O quadro da dívida do Brasil é considerado melhor apenas do que o de nações como Egito e Ucrânia, sendo que a Argentina, mesmo enfrentando turbulências econômicas, possui uma dívida de 86,2% do PIB neste ano.

É importante ressaltar que as projeções do FMI foram elaboradas antes da mudança da meta fiscal para 2025 anunciada pelo governo federal. Agora, a estimativa é de um déficit zero para o próximo ano, com a possibilidade de um saldo negativo de 0,25% do PIB, substituindo o alvo anterior de um superávit de 0,5% do produto em 2025.

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