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No que você é bom?

No que você é bom? - Imagem: Reprodução | TV Globo
No que você é bom? - Imagem: Reprodução | TV Globo
Núbia Oliveira

por Núbia Oliveira

Publicado em 06/05/2024, às 06h00


No que você é bom? Se você não tem uma resposta de bate-pronto a essa pergunta, é porque, provavelmente, ou você não sabe, ou não é com isso que você está gastando boa parte do seu tempo agora.

Se você está feliz, não há nenhum problema nisso. Mas, se no seu inconsciente, paira um incômodo sobre os rumos que a sua vida tomou, talvez seja hora de parar e repensar que caminhos desenvolver para que esse cenário mude. Sim, para que novos caminhos surjam, é preciso que haja uma ação intencional nossa, pois dificilmente boas oportunidades caem do céu. Bem mais fácil encontrá-las ao final dessa trilha, por cujo preço poucos estão dispostos a pagar do jeito certo.

E existe um jeito certo de pagar esse preço? Certo, talvez não. Mais fácil, sim. E o caminho mais fácil passa, quase sempre, pela exploração daquelas coisas que você naturalmente já faz bem.

Nos últimos anos, estudando e ajudando pessoas a mudar de vida, tem ficado cada vez mais claro que o sucesso pessoal, geralmente, é um misto de decisão + aptidão natural.

Como diria Anthony Robbins, é a sua decisão que determina o seu destino, e não as suas condições. Não importa de onde você veio, ou o que você se tornou, você só precisa se comprometer verdadeiramente com algo e agir disciplinadamente em prol disso.

E esse processo se torna mais fácil se você escolher agir dentro de um campo que já seja relativamente confortável para você.

1.      No que você é realmente bom? Quais são os seus talentos? Liste.

2.      O que você gosta de fazer? Que tipo de coisa você pensa que poderia fazer todos os dias, para o resto da vida? Pense. Tem coisa especial aí!

Em um determinando momento da minha vida, em que eu olhei para o meu futuro e não consegui ver no horizonte nada que realmente me entusiasmasse, comecei a procurar caminhos para mudar o rumo das coisas. Bati cabeça sem fim até que resolvi prestar atenção nas respostas a essas perguntas.

Nessa época, eu morava no interior do Pará, mãe de dois filhos pequenos, era concursada na prefeitura local, e estava totalmente insatisfeita com minha vida pessoal e profissional. Eu não tinha condições financeiras para fazer grandes transformações, mas, analisando minha vida, entendendo que eu sempre fui uma ótima aluna, tomei a forte decisão de começar a estudar para concursos de alto nível.

Foram mais de três anos de dedicação diária, trabalhando fora, cuidando dos filhos em casa e conciliando tudo isso com pelo menos 3h de estudos por dia. Levei a “ferro e fogo” a frase do Peter Druck, que diz:

“Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com um futuro de decisões presentes.”

O futuro chegou e trouxe com ele a minha aprovação num dos concursos mais difíceis do Brasil, mesmo sem eu nunca ter pisado os pés em um cursinho. Entendi que podemos criar o nosso futuro com as nossas mãos, mas, para isso precisamos estar dispostos a pagar o preço sem negociação. Você está?

Mais arriscado do que mudar é continuar fazendo a mesma coisa quando não se está feliz.

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