por Agenor Duque
Publicado em 22/04/2024, às 08h41
Sob acusação de haver incorrido no crime de intolerância religiosa, por declarações que teria feito em referência a religiões de matriz africana em evento comemorativo dos 189 anos da cidade de Itaboraí, em maio de 2022, o pastor da Igreja Lagoinha, no Rio de Janeiro, Felipe Valadão, foi indiciado. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está conduzindo o caso.
Éevidente a excessiva sensibilidade de muitos adeptos de outras religiões. Se os cristãos seguissem o exemplo deles, certamente não teriam tempo para outra coisa exceto indiciar pessoas por ofensa à sua fé. Parece faltar resiliência.
Veja bem, no Brasil e no mundo têm sido recorrentes ataques ao cristianismo, em especial ao de linha protestante. Todos os dias pessoas são tratadas com violência, têm suas casas tomadas por líderes totalitários, são levadas presas e sofrem diariamente torturas inimagináveis aos cristãos ocidentais simplesmente por causa de sua fé.
Em terras tupiniquins, já foi possível ver um pouco de todo tipo de desrespeito e ridicularização da fé judaico-cristã. Já teve gente chamando Jesus de gay; desfile de Carnaval com figura de Jesus retratada de forma obscena; indivíduos agarrados às grades de templo evangélico fazendo gestos obscenos; pessoas vilipendiando símbolos relacionados à fé cristã, como a cruz, inclusive introduzindo um crucifixo em orifício anal, como visto em manifestação de movimentos como os das comunidades feministas e LGBTQIA+; além de Jesus retratado como gay em especiais de Natal, uma das datas mais importantes para o cristianismo e dançarina sensualizando enquanto rasgava páginas da Bíblia Sagrada em casa de show.
No Brasil usa-se amplamente a velha prática de “Dois pesos e duas medidas”, já que o que vale para outras religiões não vale para o cristianismo, ainda que haja no país mais de 60 milhões de evangélicos. Tudo o que se vê no Brasil de ofensivo à fé cristã é considerado manifestação cultural e liberdade de expressão.
Apesar de tamanho desrespeito, agressões à fé cristã e seus objetos parecem não se encaixar nos artigos da lei que tratam tais atos como crime; inclusive vilipêndio e aviltamento nem são consideradas crime na prática quando os ofendidos são os cristãos e o ridicularizado é o Cristo a quem eles servem. Nada se tem ouvido a respeito de esses indivíduos terem sido indiciados, e/ou muito menos condenados por suas ações comprovadamente ofensivas e que foram amplamente transmitidas por redes de TV além de repercutidas das redes sociais.
Entretanto, quando um cristão se levanta para falar de sua fé, não importa quão respeitoso ele possa ser na exposição das divergências entre elae outras e religiões que lhe são opostas, sempre será, de alguma forma, denunciado.
De acordo com um relatório enviado pela delegada Rita de Cássia Salim Tavares ao Ministério Público, a intolerância de Valadão evidenciou-se “no sentido de que se pretendeu impor um único padrão religioso sem o respeito à diversidade e liberdade religiosa”. O que não surpreende é o fato de os despachos colocados no local onde o evento aconteceria não terem sido considerados ofensivos, já que a comunidade tinha conhecimento do evento que ocorreria ali.
Vivemos tempos de batalha espiritual. Luz e trevas disputam a posse das vidas humanas, e apesar de acirrada, já se tem spoiler de como essa guerra acabará.
Diante desse cenário, cabe aos cristãos levar a luz do evangelho onde as trevas do engano mantêm pessoas cativas; cabe-lhes buscar a Deus por discernimento e sabedoria o cumprimento dessa missão. Que o Cristo seja anunciado com ousadia e com sabedoria, e com altas doses de respeito e amor.
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